segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Alive

o texto ta com a ortografia ruim porque eu escrevo de um teclado frances)

Longo tempo sem postar. Muita coisa acontecendo: Estamos no trem Amsterdam _ Paris.
Algumas coisas deram errado pelo caminho, mas ta tudo dentro dos conformes.
Em Praga, ha mt tempo atras, perdemos o onibus para colonia, gracas a uma informacao errada de um tcheco.
So fomos para colonia no dia seguinte, de aviao.
Colonia foi o maximo. Fomos recebidos muitissimo bem pela familia do Hernan. Tanto sua mae quanto seu irmao nos proporcionaram dias sensacionais na cidade. Carnaval, Ski, passeios...
Esquiar é divertidissimo, mas é muito mais dificil do que parece.
Amsterdam também é sensacional. A cidade é linda, e a noite, rica e lenta.
Hoje viemos pegar o trem para Paris, e estava cancelado, devido ao acidente que ocorreu em Bruxellas semana passada. Eles nos colocaram em um trem para Bruxellas, onde depois resolveriamos como ir para Paris. Mas, no meio do caminho, fomos informados que este sera o unico trem que ira para Paris, hoje. Tivemos sorte.
Fiquei todo esse tempo sem postar por falta de internet, e de tempo.
Estamos quase em Paris, e a viagem vai chegando ao fim.
Um abraco.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Indo para Koln

Hoje, pegaremos o ^onibus - trem para Col^onia `as 15:30.
L'a, vamos ficar na casa do nosso amigo Hernan, que n~ao estar'a l'a, mas sua fam'ilia vai nos receber.
Depois escrevo mais sobre Praga, que 'e um lugr fant'astico.

Um abra'co

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Praga, em poucas palavras

A internet do ótimo hostel em que estamos é muito lenta, cai toda hora, então vou postar algo muito rapidamente.

Sim, Praga é mesmo linda, e sensacional. Hoje fomos no topo de uma das torres centrais da cidade, e tivemos uma linda vista. Depois, fizemo um tour underground pela cidade, visitando catacumbas e os vestígios do que era a antiga Praga, alguns metros abaixo do atual chão.

Amanhã, faremos um tour que parece ser sensacional, que é sobre os fantasmas de Praga. Começa 7 da noite e vai até as 23h. Passa por ruas da cidade, contando lendas de fantasmas, e depois visita o famoso castelo da cidade, que, para muitos críticos, foi o que ispirou o castelo do romance de Kafka.

Amanhã, também visitaremos o museu do Kafka, e dedicaremos parte do tempo ao escritor.

No mais, é isso.

Um abraço

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os parisienses, os londrinos, os berlinenses e os Juggernauts

Você conhece os Juggernauts?

Os Juggernauts usam uma armadura metálica e um capacete indestrutível. Eles correm significantemente mais do que os outros, mesmo carregando potentes armas. Costumam surgir inesperadamente, mas, se você estiver atento, ouvirá um sinistro tambor que sempre ressoa segundos antes da sua aparição. Uma vez que eles surgem, a coisa fica complicada.

Se esconder é uma alternativa que não deve ser descartada, mas lembre-se de que é uma solução em curto prazo. Nunca acredite que não irão te encontrar, ou que você está muito longe do local de onde eles vêm. Os Juggernatus conseguem aparecer sempre o mais perto possível, mesmo que para isso eles estejam contrariando regras da física. Mas, preste atenção, eles não são imortais.

Quando surgirem, procure estar portando um rifle sniper, ou uma potente metralhadora. Bazucas podem parecer muito potentes, mas, na verdade, são mais ineficientes do que outras armas. Granadas são válidas para se ganhar tempo, mas nunca suficientes. Já simples pistolas são siônimo de suicídio. Se você estiver em dupla, seu trabalho será facilitado. Uma boa alternativa, é procurar alternar os tipos de disparo. Outra possibilidade é atirarem os dois juntos. Como diz o ditado: duas armas matam mais do que uma.

Em Paris, não há Juggernauts. Mas deveria. Talvez ajudaria a juventude daquela cidade a se portar mais, digamos, dignamente.Não é uma questão homofóbica, claro que não. Seria muito preconceituoso e antiquado da minha parte. A minha preocupação está relacionada com a existência de um tipo de jovens que se confunde, ora com os indies, ora com os emos, mas acaba não sendo exatamente nada disso. Até por que, se fosse assim, a questão poderia ser simplificada.

Ao caminhar pelas ruas de Paris, qualquer um percebe que há algo de errado com uma boa parte dos teenagers, e, também, com aqueles que deixaram de ser teenagers há pouco tempo. E aqui eu vou utilizar um termo que eu acho admirável: eles são, sobretudo, "afetados".

Há, visivelmente, uma preocupação fora do normal com a aparência, o que inclui as vestimentas e a atitude. Os jovens franceses estão usando roupas apertadas, se maquiando e disputando os cortes de cabelo mais estilosos possíveis. Portam um ar insuportável de superioridade, mas que, se você prestar atenção, esconde uma realidade completamente almofadinha. Tiram onda de descolados e cools, com seus óculos Ray-Ban e seus Ipods acompanhados de fones gigantes. Tenho certeza de que, quando os Juggernatus surgirem, eles não saberão o que fazer. No entanto, felizmente, esse tipo não é majoritário, nem se prolonga até a fase adulta.

Já os londrinos sabem como lidar com os Juggernauts. Em Londres, eu pude ver alguns pelas ruas, andando por aí, como pessoas normais. Aparentemente, a presença desses seres na cidade é, como costuma mesmo ser, benéfica para a população local. Os jovens londrinos são mais tranquilos do que os parisienses. Eles só continuam com a mesma cara idiota divertida de sempre. É verdade, todavia, que a presença excessiva de Indies é uma preocupação geral. Mas, como a população já conhece esse tipo há um tempo relativamente considerável, a forma de se lidar com eles é facilitada.

Já em Berlim, assim como em Paris, não há Juggernauts. Mas, diferentemente desta cidade, onde os Juggernatus ainda não conseguiram chegar, em Berlim não os encontramos por que os berlinenses os destroem assim que os ditos cujos se aproximam do portão de Bradenburgo.

Os berlinenses não dão brecha para a aproximação dos Juggernauts. Por isso, a juventude da cidade se encontra na mais perfeita das condições. O índice de "afetididade" em Berlim é baixíssimo, e os teenagers locais se mostram bastante divertidos, simpáticos e, se preciso, agressivos. Mas tudo acontece dentro dos padrões de civilidade a que estamos, ou pelo menos gostaríamos de estar, acostumados. A única coisa que preocupa é a grande quantidade de malucos que nós observamos falando sozinhos, dançando no metrô ou escutando metal melódico, com forte influência da estética nórdica.

Mas, como disse o protagonista do romance "O estrangeiro", do escritor de língua francesa Albert Camus - que não era francês, mas argeliano -, a gente se acostuma a tudo nesse mundo. E eu tenho certeza que, quando os Juggernatus chegarem a Paris, os parisienses irão se adequar e se acostumar com a sua presença inevitável. Se pensarmos que eles já chegaram em Londres e Berlim, é fácil prever que, provavelmente, eles atacarão Paris por dois caminhos quase opostos. Será um choque, certamente, para os jovens da cidade. Talvez, maior do em qualquer outro lugar do mundo. Mas, no final, tenho certeza que tudo caminhará de forma natural, do modo que deve mesmo ser. Afinal, os Juggernauts já são uma realidade impossível de ser ignorada.

E se você encontrar um por aí, não se apavore. Procure seguir as regras adequadas, que você se sairá bem. Os Juggernauts impõem medo e respeito, mas, com empenho e dedicação, são facilmente controlados. Logo logo, você estará surpreso ao perceber que matá-los, em vez de uma simples condição para a sobrevivência, pode ser, também, uma deliciosa diversão.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Berlim

é fria. Pelo menos hoje fez bastatante frio. Deve ter feito -2, ou qualquer coisa por aí. Estou cumprindo minha promessa, e comendo muita salsicha e bebendo cerveja. Uma novidade de última hora é que também estou comendo muitos donuts, já que aqui há a maravilhosa Dunkin Donuts.

No mais, Berlim é muito legal. Dá pra curtir a cidade só andando pelas ruas. Fomos no Zoo e no Aquário ontem, e foi sensacional. É o Zoo com a maior diversidade de animais do mundo. Depois eu coloco fotos e, talvez, videos.

Vou escrever muito não. Ontem, às duas da manhã, no albergue, um alemão maluco veio elogiar o meu visual "cool", segundo suas próprias palavras. O tal visual era simplesmente um short e uma camisa de botão. Lembrei do Hernán, o alemão que ficou hospedado lá em casa, que comentou que não se vende shorts na Alemanha. Resumo da história: batemos um papo rápido, e ele nos convidou para ir ver um show da banda deles aqui pertinho do Albergue. É uma competição de bandas e hoje é a final. Ele nos deu ingresso de graça.

Ou seja, estamos indo para lá, nesse momento.

Um abraço

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Paris, Marseille, Avigon e Aix en Provence









10 dicas para os mochileiros

Como eu sei que há pessoas que estão pensando em também fazer mochilões acompanhando o blog, vou fazer um post com algumas dicas para vocês, amigos subdesenvolvidos bárbaros turcos do terceiro mundo, com algumas coisas que percebemos vantajosas, nessa nossa ainda inexperiente jornada como mochileiros. Seguem 10 dicas elaboradas por mim e pela Mayra:

1. De preferência, compre sua passagem para o local de destino com bastante antecedência. Isso vai te possibilitar planejar, comprar outras passagens, e deixar reservados os locais de hospedagem. Além disso, você pode já pagar, no cartão de crédito, todas essas reservas, mesmo antes de entrar no avião.

2. Tenha amigos com cartões de crédito europeu (ou, se possível, possua você mesmo um cartão europeu). Atenção: não serve cartão internacional, mesmo que ele seja Ouro Master 6 starts Exclusive Van Gohg Miles and More... Há empresas de transporte que só aceitam cartões europes. Nós, por exemplo, só conseguimos as passagens Paris- Marseille, Marseille - Avignon, Marseille - Nice, Praga - Colônia e Amsterdam-Paris, extorquindo nossos amiguinhos residentes no "primeiro mundo".

3. Se você quer realmente economizar, compre um caderno e deixe-o reservado para anotar, absolutamente, TODOS os seus gastos. Desde a passagem de trem, até o bilhete de metrô. Apenas desse modo, você irá conseguir organizar o seu orçamento, e prever possíveis imprevistos (tum tum, tum.... tum... tá).

4. Pesquise, nos guias de viagem ou nessa famosa invenção que rola por aí ( a tal de internet), dias que os museus e outras atrações são de graça. Dois exemplos: o Louvre, toda sexta feira, é de graça para menores de 26 anos, das 18:00 até as 22:00h; e a grande maioria dos museus da França (e possivelmente de outros países) são de graça no primeiro domingo do mês.

5. Se quiser economizar nas refeições, uma ótima opção é fazer compras nos grandes mercados. Na França, por exemplo, há o Carrefour e o Monoprix, assim como na Inglaterra há o Tesco. Nesses lugares, você encontra refeições prontas por 2 ou 3 moedas locais, ou compra comida para preparar sua própria refeição. Com 4 euros por pessoa, no Monoprix, por exemplo, você compra um ótimo pão, um ótimo queijão e um ótimo qualquer complemento.

6. Quando reservar albergues, dê preferência àqueles que oferecem cozinha. Assim, você poderá aproveitar a dica anterior =)

7. Se você for viajar acompanhado, não descarte completamente os hotéis, principalmente aqueles das grandes redes hoteleiras. Muitas vezes, dividir um quarto sai mais em conta do que pagar individualmente em um hostel.

8. Na hora de preparar a mala, leve roupas e acessórios que você possa ir se desfazendo pelo caminho. Isso irá facilitar, e muito, na hora de encontrar lugar para as coisas que você for comprando durante a viagem.

9. Procure saber quais os tipos de tomada que há nos países em que irá visitar. Na europa, as tomadas variam de país para país, então procure levar na mala um adaptador universal. Caso contrário, você não conseguirá carregar o seu celular, a sua máquina ou o seu laptop, que tanto pesa na mochila que você carrega.

10. Esqueçam um pouco dos museus e dos pontos turísticos, por favor. Andem pela cidade, bebam as cervejas locais, conversem com as pessoas, passeiem de ônibus, faça amigos e influcencie pessoas.

Um abraço

Onde estou? Quem sou eu? Quer ser meu amigo?

Em primeiro lugar, muito obrigado a todos que escreveram elogios ao blog. É claro que eu gosto que haja leitores. Não haveria sentido fazer um blog para ninguém ler.

Em segundo lugar, gostaria de poder postar com mais frequência, mas, além de ser um pouco difícil conseguir internet sempre, o cansaço da viagem me obriga a, quase todo dia, chegar da rua e ir dormir.

Bom, faz tempo que eu não posto nada sobre o que está acontecendo, por isso vou resumir.

Chegamos agora há pouco em Berlim, por volta da meia noite. Agora, são duas horas da manhã. Berlim está coberta de neve, mas a temperatura deve estar entre 0 e 2 graus. Bastante tranquilo. A vantagem é que não está ventando, o que deixa tudo mais confortável.

Passamos apenas 3 dias em Paris, e deu para ver o Louvre, Notre Dame, a Torre Eiffel, o museu D'orsay e o Hotel Invalidés. No final da viagem, voltaremos para lá, e aí ficaremos seis dias. Sobre a cidade, o que eu tenho para dizer não é nenhuma novidade: é linda. Mas eu gostaria de ter aproveitado melhor, passeando pelas ruas, em vez de ficar visitando pontos turísticos. Embora os museus sejam sensacionais. Anyway, depois voltaremos.

Após Paris, seguimos para Marseille, e ficamos na casa da Bia, amiga antiga da Mayra, que mora no alojamento da faculdade de Marseille. Aproveitamos dois dias para passear por Avignon e Aix en Provence. Avignon é cenário de filme. Uma cidade histórica, que já foi sede do Papado, durante anos. Visitamos a antiga residência dos Papas. Uma mistura entre catedral e fortaleza romana. Gigantesca. Ao redor do centro da atual cidade, há um muro da época do feudalismo, que definia os limites da antiga cidade. Há também uma ponte, que termina no meio, sem chegar a outra margem. Tudo lindo. Rendeu ótimas fotos.

Aix en Provence é um pouco sem graça, se comparada a Avignon, mas também é bonita.

Hoje fomos para Nice, pegar o vöo para Berlim, e aproveitamos para ficar um pouco na beira do mar Mediterrâneo e tirar ótimas fotos, que serão postadas futuramente.

Depois, pegamos o vôo para Berlim, onde, como já falei, estamos agora. A verdade é que estou um pouco cansado de museus de arte e de história, e daquela pressa doida de turista para conhecer todos os pontos turísticos. Decidi, hoje, que quero passar meus dias em Berlim bebendo cerveja e comendo salsicha com chucrute. De preferência, acordando e dormindo tarde. Fora isso, quero muito ir no fantástico Zoo que há aqui, além de conhecer o muro (é claro) e, no mais, eu decido depois. Já me simpatizei com Berlim, desde que a cidade, finalmente, me fez pisar na neve. Os alemães também são muito simpáticos. Aliás, vou escrever outro texto, depois, sobre as impressões que tive dos diversos "povos" com os quais passei estes dias.

Ademais, é isso, vou terminar minha boa cerveja Berliner, made in Berlin, e pensar no que fazer. Quem sabe postar umas fotos, e escrever outros textos?

Um abraço

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Roller Paris



Video que eu fiz em Paris. em frente à Catedral de Notre Dame.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais fotos de londres








Aviso: não havera alguns acentos neste texto, porque eu estou escrevendo de um teclado frances.

Algumas fotos do lugar "horroroso" que nos ficamos em Londres.

Eu dirigindo um ônibus em Londres


Aviso: não havera alguns acentos neste texto, porque eu estou escrevendo de um teclado frances.

Esqueci de contar que, no ultimo dia em Londres, quando estavamos passeando pela cidade, o motorista do onibus passou mal e eu precisei assumir o controle da situacao. Tudo correu bem. Para os incredulos, eu posto uma foto como prova.

Mais fotos de Londres




sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Causos linguísticos

Ainda não comentei nada da nossa desenvoltura com as línguas estrangeiras.
Bem, de início, confesso que o inglês britânico do dia-a-dia é bastante chatinho. Aliás, alguns sotaques que você se depara são quase impossíveis de entender. Houve um caso em Richmond, em que um cidadão travou uma conversa com outra cidadã, e tanto eu quanto Mayra não conseguimos entender nem uma frase. Mas nessse nível foi o único caso.
Já os "afro-britânicos" (conforme ensina a cartilha do nosso presidente) possuem, também, sotaques variados. Teve um, por exemplo, que falou " I tink that...", com o "t" africado igual ao do carioca.
Já o inglês do indianos é moleza para entender, e o único irlandês com quem eu falei foi fácil, também.

Tiveram diversos causos engraçados sobre as línguas. Em uma loja de eletrônicos, por exemplo, um latino com inglês britânico me perguntou: "will you pay with cash or card?" E eu respondi: "yes". Ele ficou olhando para a minha cara sem entender. Aí Mayra me avisou o que que ele tinha falado. Eu tinha entendido "Will you pay with credit card?". Hahaha. Acontece.

Teve também um inglês maluco que fez um escândalo, depois que eu pedi "com licença" para ele. Foi assim: ele estava na porta de uma loja discutindo com o vendedor indiano, arrumando confusão a toa. O velho era maluco. Todo mundo percebia. Aí, eu, que precisava entrar na loja, falei para ele "Excuse me, sir". O velho entendeu o meu pedido como uma ofensa, e começou a fazer um escândalo na porta da loja. Eu ignorei e entrei. Depois de se livrar dele, o indiano entrou de volta e ficamos rindo juntos do ocorrido.

Já, hoje, em Paris, também não tive problemas nenhum para me comunicar, o que me deixou bastante satisfeito. Mas foi muito engraçado quando eu fui pedir uma informação a um cara que passava pela rua. Eu queria saber onde era a estação de metrô mais próxima. Cheguei para e falei: "Pardon, monsieur..." Ele me olhou com uma cara de assustado e me avisou: "Je ne parle pas français très bien". Eu pensei comigo mesmo: "Bom, o cara não fala francês muito bem, mas eu também não. Pelo menos a minha pergunta idiota ele vai saber responder", e emendei: "C'est na pas un probleme, vous pouvez me dire où est la station du metro plus prochaine? ". Ele, então, começou a falar um monte de coisa em francês. Certamente, não havia entendido minha pergunta. E eu também já não estava entendendo nada do que ele falava. No auge da nossa tentativa de diálogo, eu pergunte: "do you speak english?"e ele "oh, yes". Foi a nossa salvação. O cara era australiano, estava em Paris havia só 3 meses. ficou conversando conosco durante mais uns 300 metros. Por incrível que pareça, foi muito fácil entender o inglês dele, o que nos deixou bastante surpresos. Geralmente, o inglês australiano é chatino para entender também.

Mas, em Paris, com certeza ainda me divirtirei muito tentando falar a língua deles. Mas, ao contrário do que muitos pensam, eles fazem de tudo para tentar te entender. Até agora, ninguém me pediu para eu repetir algo, ou me ignorou. De vez em quando eles deixam escapar um riso, mas eu acabo rindo também, e tudo dá certo. É o que eu já ouvia antes de viajar. Se você tenta falar o francês, eles provavelmente te tratarão muito bem. O problema é ignorar que se está na França e já sair falando inglês.

De resto, Paris não nos recebeu tão bem quanto Londres. Chuva o dia todo, e sensação térmica de até menos 7 graus. Isso foi de noite. Mas, de tarde, também estava muito frio. O que salvou o dia foi a visita ao Louvre, que é algo indescritível. Sabia que era magnífico, mas só estando dentro daquelas salas gigantescas para se ter uma idéia da grandeza daquele lugar. Entramos de graça, porque sexta feira depois das 18h, menores de 26 entram de graça (nós já sabíamos disso, e planejamos nossa ida hoje, justamente, por isso). Ficamos umas 3h horas lá dentro, e deu para ver bastante coisa. Não preciso dizer que também faltou muita coisa.

Depois que saímos, aí sim percebemos o charme de Paris. De noite, a cidade toda se ilumina. É muito bonito.
Ah, o Eurostar é meio sem graça. Sei lá, esperava mais. Tomara que o IDTGV, que iremos pegar para Marseille, no domingo, seja melhor. A viagem é de (acho) que 7 horas. Mas é um trem que vai de madrugada, e rola uma noitada lá dentro. Tem um vagão com boate, outro com show. Coisas assim. Deve ser legal.

Amanhã tem mais Paris.

Um abraço

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Camden Town ou Britsh Museum?

Londres, 00:53, Hostel esqueci o nome

Estamos na cozinha, que fica no subsolo do Hostel. Uma pessoa bizarra está sentada na mesa com a gente, comendo maçã, lendo livro e mexendo no laptop. Parece uma figura tirada de um filme de ficção científica alemão. Em outras mesas há pessoas de tudo quanto é nacionalidade, todas falando milhares de línguas. Parece que quase todo mundo se conhece.
Na sala ao lado, outras pessoas estão vendo um filme qualquer, juntas. Nunca vi um hostel tão badalado.

A figura bizarra da nossa mesa se levanta e vai embora. Embora ela seja, de fato, bizarra, é possível encontrar do tipo em Niterói. Eu mesmo já vi algumas vezes. Agora, algo que eu não havia visto nunca na minha vida, foi o que nós vimos ontem em um Starbucks próximo a Tate Modern Gallery.

Estávamos sentados, bebendo um chocolate quente, quando olhamos para o lado e vimos uma pessoa de duas cabeças. Tempo para raciocinar.............

Ok, são gêmeas siamesas. Então, você olha para a cara da pessoa que está com você e percebe que ela também está perplexa. Daí, você pensa: eu já havia visto isso na minha vida? Começa a procurar na memória... procura, procura... e chega à conclusão de que, embora seja algo que você já tenha ouvido falar, visto imagens, lido sobre.. não, você nunca havia visto ao vivo, na sua frente, andando e dialogando entre si.

Era o corpo de uma pessoa, com um tronco um pouco mais largo, mas o resto, do pescoço para baixo, normal. Duas pernas, dois braços e... duas cabeças! Conversando uma com a outra! Todos ao redor parecem não notar. Mas nós também parecemos. Será que eles também disfarçam tão bem como nós? Você torce para que sim. Isso diminui um pouco o sentimento de caipira do terceiro mundo que vem logo depois.

Enfim...

O segundo dia em Londres começou com uma visita a St. Paul Cathedral. É algo grandioso. Não, isso é pouco. É algo gigantesco. Não dá para se ter idéia. É uma cathedral com uma altura, tipo, de 100 metros. Com uma cúpula também gigantesca.
Fazia um frio e um vento ingratos. A temperatura foi a menor até agora. Zero grau, menos um, menos dois... com o vento e a chuva tornando tudo mais difícil.

Entramos na catedral e vimos os preços. Será que nós somos reconhecidos como estudantes no primeiro mundo? "Excuse me, hello, we are from Brazil and we'd like..." - "Ah, vocês são do Brasil? Eu também". Pronto, tudo resolvido. Jeitinho brasileiro é jeitinho brasileiro em qualquer lugar do mundo. A japa brasileira moradora de Londres nos colocou para dentro por um preço de estudante. "Sou de Mogi das Cruzes, e vocês?" - "Rio!" (niteroiense nunca assume a verdade quando está fora do Rio) - "Ah, o Rio é lindo. São Paulo é horrível, mas o Rio é lindo!"...

E lá estávamos nós conhecendo por dentro a catedral onde se casou a princesa Diana. Lá estão enterrados na cripta, onde também é possível visitar, o poeta William Blake, o pintor Turner e os personagens britânicos históricos Admiral Lord Nelson (aquele que tem uma coluna, tum tum pá) e o Duke of Wellington. Depois, você pode encarar mais de 500 degraus de escada e subir próximo até o ponto mais alto da catedral, para ter uma impressionante vista da cidade. Fotos, fotos, fotos... frio, frio, frio... vento, vento, vento. No final, valeu a pena.

Depois, atravessamos a millenium brigde, uma ponte exclusiva para pedestres, e fomos para a Tate Modern Gallery. O museu é sensacional. No primeiro andar, você pode entrar na Turbine Hall, uma imensa caixa escura... daí você não entende absolutamente nada do que é aquilo. Vai até o fundo, com medo de cair, porque é breu total. Então, olha para trás e percebe que, do fundo, você vê somente as sombras das pessoas entrando. É um efeito visual interessantíssimo.

Nos andares acima, obras de kandinsky, Klée, Picabia, Picasso, Monet, Warhol, Oiticica, Miró, Pollock.... Não há apenas pinturas na galeria, mas também diversas instalações. Uma das mais divertidas é uma mesa e cadeiras de madeira em um tamanho desproporcionalmente grande. É como se fosse uma mesa de jantar para gigantes. Muito legal.

Depois de um tempo, você acaba se cansando de andar. No Brasil, ou em qualquer museu do terceiro mundo, você não vê a hora de chegar naquele quadro do Picasso, que você nunca viu em nenhum livro. Aqui, você passa cansado pelas salas, falando tipo, "Monet, Pollock, bla bla, Kandinsky... tô cansado, vamos embora?". E eu quero dizer o que exatamente com isso? Nada, whatever. A verdade é que só de pensar no Louvre já dá um cansaaaaaaaço.

Depois fomos em London Bridge, comemos fish and chips com a cerveja belga Stella bla bla bla (deliciosa, por sinal), vimos uma bela catedral gótica que era muito frequentada por Shakespeare, and then, back, direto para casa. Ah não. Vimos, também, por fora, a Tower of London, uma fortaleza gigante. Mas já havia fechado.

Back home, mais um ótimo jantar com nossos amigos, e depois, dormir.

Vamos lá, terceiro dia, sem mais delongas.

Resumo: não fomos ao British Museum, mas fomos a Camden town. O que vale mais? E faz algum sentido essa pergunta?

Acordamos tarde. Finalmente! Passeamos muito bem por Londres. Não fomos a nenhum ponto turístico. E talvez tenha sido o melhor dia de todos. Andamos muito e pegamos um ônibus do sul até o norte da cidade, onde está localizado o hostel em que agora estamos. A vinda para cá foi o resultado de um dedicado estudo estratégico, desenvolvido ao longo de dias por Mayra. O motivo é que amanhã vamos pegar o Eurostar para Paris às 6:55 da manhã, e o hostel fica praticamente do lado da estação.

Enfim, hoje vimos Londres de verdade. E ainda sobrou tempo para Camden Town, um lugar divertidíssimo. Pena que só chegamos tarde, e grande parte das lojas alternativas estavam fechando.

To cansado, vou dormir, amanhã acordo cedo. Amanhã vamos para Paris.

Um abraço

Fotos do primeiro dia