quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

It`s London, Baby!

"It's London, Baby" é a frase repetida diversas vezes pelo personagem Joey do seriado Friends, durante o episódio passado em Londres, cada vez que ele se depara com algo fantástico na cidade. A expressão-slogan é quase que uma resposta automática a qualquer coisa que aconteça no lugar, mesmo algo absolutamente trivial, e revela algo que estamos acostumados a fazer, que é pré-conceber uma imagem tendenciosamente favorável de algo que ainda não conhecemos. Assim, podemos passar o dia todo falando "I'ts London, Baby" para cada novidade, ou trivialidade, que encontramos. Eu, por exemplo, passei o segundo dia da minha viagem (o primeiro foi basicamente chegar e dormir) repetindo a expressão. E foi uma delícia.
Londres nos presenteou, de cara, com um dia de céu limpo e uma temperatura de zero grau - mais baixa do que nos dias anteriores, segundo informações locais. Começamos nosso tour pela London Eye, a roda de gigante de cerca de 150 metros de altura, localizada na área central, em que cada bondinho cabem cerca de 15 pessoas. Uma volta inteira demora 30 minutos, mas é uma ótima opção para se ter uma primeira vista da metrópole. De lá de cima, é possível apontar o Big Ben, o palácio de Buckingham, St. Paul Cathedral, e por aí vai.
Depois da roda, foi nossa vez de rodar pela cidade (tum tum pá), e começamos atravessando a ponte que dá no parlamento, onde está o Big Ben. Por aquela região, encontra-se também a pequena fortaleza em que o tesouro real era guardado, além da abadia de Westminster e a St Margataret`s church. Após o giro, compramos nosso almoço em supermercado chamado Tesco: uma horrorosa salada de macarrão pronta, gelada, um saco de batatas portuguesas e pepsi. Alto nível. Tudo por 4 pounds. Andamos mais um pouco e fomos almoçar em Trafalgar Square, onde está a coluna de Nelson e a National Gallery, principal museu de arte da cidade. Almoçamos no frio, e depois de um tempo comecei a perceber que já estava ficando todo dormente, principalmente nos dedos da mão. Corremos, então, para dentro da National.
O museu é fantástico. Raphael, Da vinci, Van Eyck, Renoir, Monet, Van Goh, Degas, Picasso, Caravaggio, Bruegbel, além de outros, vários outros. As salas são divididas de acordo com os séculos, e é muito fácil se perder naquele enorme labirinto. 3 horas, no mínimo são exigidas, para se ver tudo. Quanto terminamos, já eram quase 16h. Resolvemos ir para Picadilly Circus e conhecer o centro de entretenimento e de consumo de Londres.
Andar pelas ruas é o melhor que se pode fazer numa cidade como essa. É onde você percebe a real grandeza da metrópole, na mistura da arquitetura histórica com a arquitetura moderna - pós-moderna, nas luzes cintilantes das inúmeras lojas e na quantidade variada de pessoas bla bla bla
Entrei na megastore HMV e fiquei com preguiça de olhar tudo. Dei uma olhada e comprei, com 12 pounds, 3 cds na promoção. Depois andamos, andamos e andamos... Oxford Street, Couvent, Shafstbury Avenue.... andamos, andamos, andamos...e voltamos.
Chegamos às 20h, em Richmond, onde estamos hospedados, na casa de amigos da família da Mayra. Uma brasileira, um alemão e duas crianças cuja nacionalidade eu desconheço, mas sei que falam português, alemão e inglês. A brasileira nos apresentou uma interessante teoria de que, atualmente, a única hora em que se observa o povo inglês lutando por alguma coisa, é quando a multidão do dia-a-dia atravessa a rua com o sinal aberto, ignorando os carros. É verdade, eu e Mayra confirmamos isso, quando, no auge do nosso desespero de "pra qual lado eu olho", ao tentamos atravessar uma rua, nos escondemos atrás de uma multidão de pessoas, e fomos, simplesmente, fomos.
Atravessar a rua em Londres é um desespero, por causa das mãos invertidas. Já no primeiro dia, eu levei um esporro de uma inglesa, quando saí do carro do alemão olhando para o lado errado. A inglesa ficou gritando dentro do carro, e eu nem tentei entender. Frescura dela.
Depois de um tempo, você acaba se acostumando às ruas. Assim, como se acostuma com o frio. Ontem, no terceiro dia da viagem, já estava tudo mais tranquilo. Ah, ainda não pegamos neve, infelizmente.
Depois escrevo mais.

Um abraço.

3 comentários:

  1. Cuidado com os juggernauts de Londres, que são bem agressivos. Já os de Paris são uns fofos...


    Obs. Não deixa de ir na Fopp!

    http://www.foppreturns.com/stores/

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  2. que maneiro! vontade de viajar logo ^^
    se cuidem!

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  3. Não encontrei nenhum Juggernaut em Londres, mas acho que em Paris não haverá jeito. A cidade é muito imperial.

    Não deu tempo de ir na Flop. Mas irei no final da viagem , quando estiver em Londres de novo. Aí aproveito e olho os cds lá q vc me mandou por email.

    abraço

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